Primeiros passos

Os trabalhos de genealogia e pesquisa tiveram sua iniciativa em 1993 através de Antonio Carlos Zamarian e Paulo Zamarian, após uma restrospectiva daquilo que viveu Osvaldo Zamarian (avô de Paulo e bisavô de Antonio), um dos precursores da origem familiar no Brasil com os filhos dos respectivos casamentos com Antonia Biason e Carolina Lucchin. A partir desse fato iniciou-se então um esboço da arquitetura genealógica, através de gráficos primários, buscas de documentos e consequentemente descobertas que nos dariam pistas para prosseguir.

Em 1996, com a viagem de Antonio Carlos Zamarian a Veneza e posteriormente o contato, sobretudo, a contribuição apurada de Giovanni Zamarian, sobrinho-neto de Osvaldo Zamarian e efetivamente neto do irmão Antonio, que em conjunto com as irmãs Elena e Santa Zamarian permaneceram Itália. Foi através do elaborado gráfico de Giovanni, documentos coletados da família, fotos, informações e imagens que possibilitou aprofundarmos nosso estudo para 1828, com o registro de batismo de Valentino Zamarian, pai de Osvaldo, chegando também ao avô com o mesmo nome. Era um importante passo para cronologicamente aprimorar gráfico inicial comparando as descobertas seguintes.

Conexões importantes

Com as chegadas das redes sociais, as relações familiares ficariam mais acessíveis, intensificando as relações entre os membros com o sobrenome em comum e despertando curiosidades. José Carlos Zamarian, descendente de Pietro Zamarian e Antonia Marcos, casal que iniciou outra importante base da gênese familiar no Brasil de maneira substancial, cria a primeira Comunidade no extinto Orkut com o propósito de encontrar possíveis conexões principalmente entre as duas grandes ramificações do Brasil. Surgem as primeiras árvores genealógicas também de maneira mais organizada de Pietro, através do próprio José Carlos e de Osvaldo por conta de Antonio Carlos Zamarian. Com a abertura do Facebook a nível mundial, essa conotação ganha força internacionalmente também. A exemplo disso Bruno Porcu de Cagliari, em 2014, cria um tópico de discussão na Comunidade, instigando a conexão entre as famílias, acreditando haver um ponto em comum na relação Zamarian. Foi nessa época também que tivemos as primeiras interações com Veneza, através de Samantha Zamarian e Argentina com Hugo Ignazio Zamarian Margalef.

Walter Zamarian Junior, Patrizia Martin, (descendentes de Pietro) e Antonio Carlos Zamarian no dia 31 de dezembro de 2019, debatem com mais profundidade sobre essa possível correlação e consequentemente surge a necessidade de uma melhor organização gráfica e cronológica de tudo o que havia se coletado até ali. Mas principalmente dessa conversa nasce então, em um primeiro momento, a ideia de unificação dos ramos de Pietro e Osvaldo Zamarian, já que depois dos fatos apurados, ficava muito claro que se tratava de uma mesma linha de gênese.

Ampliando o time

Parte-se para incrementação do desenvolvimento das ramificações de Pietro Zamarian e Antonia Marcos, iniciado no fim do Século XIX, sobretudo aproveitando as bases de pesquisa realizada por José Carlos Zamarian e Antonio Carlos Zamarian. Só assim com uma base mais organizada, seria possível começar a responder algumas perguntas importantes nesse processo.

O movimento ganha força e colaborações importantes no ano seguinte com as adesões de Nestor José Dias Filho, Luiza Zamarian e Olivier Neri. Com a mesma proposta, Antonio Carlos Zamarian intensifica as comunicações sobretudo com as ramificações oriundas de Osvaldo Zamarian das filhas; Romana, Santa Carmela e Maria Zamarian, radicadas sobretudo na cidade Botucatu e região. Vários componentes da família, como Aparecido Osvaldo Destro, Luana Bassetto Martin, Vilma Martin, Silvia Martin, entre outros. Além dos citados, uma expressiva parte da família colaborou para que chegássemos à números surpreendentes de composição familiar na casa de 3,2 mil integrantes entre os descendentes de Pietro e Osvaldo, as duas ramificações Zamarian mais expressivas do Brasil.

Conectando a história

No dia 17 de janeiro de 2020, Antonio Carlos Zamarian coloca em prática uma nova fase. Com a disponibilização de arquivos microfilmados foi possível chegar a descoberta de documentos importantes registrados no início do Século XIX. Paralelamente inicia-se também contatos com as Dioceses e municípios de Veneza. A pesquisa avança cronologicamente e começa a ganhar características cientificas para ampliar a dimensão a nível internacional chegando a importantes ramificações da Argentina e desenvolvendo outras da Itália. As famílias de Pedro, através de Luis Fernando Zamarian e as filhas do irmão Armando Luis Zamarian, Hebe, Etel e Estefania Zamarian, contribuíram expressivamente para que o gráfico de Mendoza ganhasse tamanho e força. Mais tarde Orietta Fatima Zamarian e Nicolas Zamarian Margalef ampliaram o nosso time no desenvolvimento estrutural da também argentina região de Salta. Além desses fatos há de se considerar que alguns membros da Itália como Samantha Zamarian, Alessandra Zamarian, Lara e seu irmão Pierluigi Zamarian foram substanciais para o desenvolvimento no conjunto da obra e toda a composição ultrapassasse a casa dos cinco mil membros.

Nesse tempo uma pesquisa que começou de maneira anônima e gradativamente, como era esperado chegamos a expressivos documentos que nos levaram ao final do Séc. XVII. Não apenas isso, os estudos trouxeram um enriquecimento a nível cultural se transformando em testemunhos de relatos marcantes e descobertas fantásticas. Esse trabalho reconecta elos perdidos quebrando fronteiras e unindo gerações na busca pela diversidade de nosso desenvolvimento. Nos ajuda a conhecer melhor nossas origens e consequentemente interpretar com sabedoria o futuro. Um trabalho incansável de recuperação e preservação de parte de nossa memória que merece um Portal dessa dimensão.