Dedicado a rainha de Savoia, alcança incríveis 28 anos de história

Construído no ano de 1884 pela Archibald McMillan & Son, sediada no Porto de Dumbarton, na Escócia, o “Regina Margherita” foi batizado com o nome da filha do rei Humberto I de Savoia, pela armadora Società Italiana Trasporti Maritimi Raggio & Co. de Genova, constituída em 6 de fevereiro de 1992 pelos construtores Erasmo e Rocco Piaggio.

Proa a “clipper”, a constituição das velas era do tipo brigantino, com dois mastros e dois chaminés. Pesava três mil setecentos e noventa e seis toneladas neto e capacidade total de outras quase duas mil. Seu comprimento era de 121 metros e a maior largura de 13 metros com uma imersão de quase nove.


Porto de Santos

Os dois motores alternativos bi-cilíndricos produziam 600 cavalos nominais, servidos por quatro caldeiras a vapor. Tudo isso produziam uma velocidade de quatorze nós e com boas condições de vento era possível atingir quinze.

Os espaços destinados as primeira (250 lugares) e segundas classes eram luxuosamente equipadas. Inclusive os dormitórios do espaço econômico (aproximadamente mil lugares), eram bem arejados e totalmente iluminados, diferentemente de outros navios da mesma época, tanto que foi a primeira embarcação a utilizar corrente elétrica.

Destinado a suprir as demandas da forte corrente de imigração que circulava entre o eixo Itália-America do Sul, fez sua primeira aventura com destino ao continente deixando o porto de Genova no dia primeiro de dezembro de 1885. Foi também o primeiro transatlântico a estabelecer viagens regulares entre Europa e America.

Pietro Zamarian, com 49 anos de idade, juntamente com a esposa Antonia Marcos (45), o filho Giovanni (24), a nora Maria Teresa Martin (20), a filha Giuseppina (17), o futuro genro Antonio Martin (22), e os filhos Giuseppe (12) e Cirillo de apenas nove anos, deixam o porto de Genova à bordos do então Ducchessa di Genova, na costa oeste da Itália, rumo ao Brasil. Desembarcaram, no porto de Santos, em um domingo dia 23 de janeiro do ano de 1892.

Porto de Santos

A bordo desse navio, em outubro de 1889, Lucia Pizzali, e seu filho Guerrino Tonizzo, neto de Teresa Zamarian, imigram para Argentina com intuito de se juntar ao marido Federico Tonizzo, que já estava desde o começo do ano estabelecido no local.

Após vinte e seis anos dedicados ao transporte comercial de pessoas, assume uma nova importante função a partir de 1911 se transformando em um hospital para Ordem de Malta, afim de socorrer os militares italianos em conflito bélico com os turcos.

Porto de Santos

No dia 11 de fevereiro de 1913 durante um trabalho de reparação atracado no Porto de Genova, acaba acidentalmente afundando. Mesmo com os esforços da tentativa de recuperação, termina condenado e levado a demolição depois de vinte e oito anos de navegação.