Mais uma obra da Robert Napier e filhos

Fabricado pela Robert Napier and Sons, empresa britânica construtora de navios desde 1826 sediada em Glasgow, na Escócia, foi lançado ao mar pela primeira vez em setembro de 1882 com destino a Marselha, onde seria utilizado pela Compagnie Fraissinet, a qual havia encomendado o navio.

A companhia de navegação francesa Fraissinet foi fundada na cidade de Marselha, sul da França, com intuito primeiramente de atender as rotas entre Estados Unidos da América e Europa. Com o passar dos anos estendeu suas operações englobando Espanha, Portugal e Gibraltar.

No final do século XIX, vendo a grande movimentação de comércio com a América do Sul, sobretudo na demanda de embarcações de trabalho imigratório temporário entre Itália, Brasil e Argentina, resolve apostar pesadamente na rota.

O Liban tinha 2.269 toneladas, com 91,52 metros, com 11,03 de largura, na sua parte mais espessa, possuindo uma chaminé, dois mastros produzindo uma velocidade de 12 nós. Sua primeira navegação ocorreu no dia primeiro de novembro de 1887, partindo de Marselha, com paradas em Genova, Montevidéu e Buenos Aires. Exatamente quando Francesco Faggiani embarcou no transatlântico com destino à Argentina.

Continuou operando neste trajeto sul-americano até o dia primeiro de setembro de 1890. A empresa então retirou-se da rota da América do Sul para se concentrar em seu novo trajeto exclusivo que abrangia a África Ocidental. Em 7 de junho de 1903, o Liban foi abalroado e vindo a afundar ao largo de Marselha depois da colisão com o navio Fraissinet Insulaire. O trágico acidente resultou na perda de mais de uma centena de vidas.

A Compagnie Fraissinet operou por cerca de 150 anos através de duas guerras mundiais, várias revoluções e os períodos de colonização e descolonização. A família Fraissinet começou a se desfazer das atividades de navegação nos anos 60 para se concentrar na aviação e mídia.

Recolheu sua bandeira no ano de 1968, sendo o petroleiro Alfred-Fraissinet o último navio da empresa visto em alto mar. Passa a operar então com o nome de Vapeur Cyprien Fabre e Cie (Fabre Line), porém isto perdura apenas até 1979 quando encerra definitivamente.

Utilizaram este Navio


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1300 tripulantes e muita potência

Foi construído em Glasgow, Reino Unido, em 1883 pela “Robert Napler & Filhos”. O vapor media 116 metros por 12,8 de largura e 7,6 de altura. Sua potência era de 750 cavalos, com uma velocidade de 14 nós.

Possuía 80 lugares para a tripulantes que desejassem usufruir a primeira classe, 40 para a segunda e 1.200 para acomodações de terceira classe. Flutuou pela primeira vez no dia 16 de novembro de 1883.

Elaborado para a “Società Italiana di Transporti Marittimi Raggio & Co”, fundada a 6 de fevereiro de 1882 pelos irmãos Carlo, Edilio e Armando Raggio, em Gênova, Itália, faz sua primeira grande viagem no dia 15 de fevereiro de 1884 saindo do porto de Genova com destino a Las Palmas, Montevidéu e Buenos Aires.


Orione

Em janeiro de 1885 foi comprado pela “Navigazione Generale Italiana, Società Riunite Florio & Rubatino” e batizado com o nome “Piroscafo Orione” para fazer a linha de emigração sulamericana. A duração de viagem a bordo dele durava trinta dias para o desembarque em Santos e trinta e três com destino a Buenos Aires, considerando as paradas, embarques e desembarques.

Foi reestruturado sob projeto de engenharia da “Ansaldo G. & Co. - Societa Nazionale Di Navigazione Ansaldo”, uma das mais antigas construtoras de navio da Itália com 140 anos (1853-1993) para ganhar quinze nós de potência.

Em 1906 é vendido para a “Lloyd Sabaudo Soc. Anon. Per Azioni - Societa Marittima” para fazer a rota Syrian Line. No dia 12 de fevereiro de 1908 sofre uma colisão em Nápoles mas consegue ser rebocado para o reparo.

Revendido no ano de 1910 para “Societa Nazionale Di Servizi Marittimi ”(SITMAR) ou ainda “Società Anonima di Navegazione Lloyd Triestino”, em 1911 é empregado para transportar tropas militares italianas em Trípoli durante a guerra turca. No dia 4 de maio de 1917 um torpedo do submarino austro-húngaro U4 atinge o SS Perseo no mar Jônico entre Cefalônia e Messina e o afunda com a perda de outras 227 vidas.

Utilizaram este Navio