Ducchessa di Genova
Batizado com o nome de Mexico, foi lançado ao mar em 1884
Construído em 1884 pela armadora escocesa Robert Napier and Sons, empresa fundada em 1826 no distrito de Govan, Glasgow, o Mexico possuía 4.142 toneladas em sua capacidade máxima.
Seu comprimento era de 121 metros e 92 centímetros. A maior largura de 13 metros e 41 centímetros, com 7 metros de profundidade. Os três cilindros produziam 1000 cavalos de potência e velocidade a 15 nós.
O navio foi encomendado pela Compañía Transatlántica Española, S.A., empresa fundada em Cuba em 1849 pelo empresário Antonio Lopez e operava, após algumas absorções e intervenções financeiras até 2012.
Sua primeira configuração permitia 1300 passageiros, sendo 150 na primeira classe, 50 na segunda e 1.110 na econômica.
Faz sua viagem inaugural no dia 29 de fevereiro de 1884, ano seguinte ao falecimento de Antonio, com destino a cidade de Vera Cruz no México. Sob comando do filho Claudio Lopez a CTE prolonga os serviços com rotas para Nova Iorque, Colón, Buenos Aires e Montevidéu.
Em 1887 é vendido para La Veloce Navigazione Italiana, empresa fundada por Matteo Bruzzi e Giovanni Lavarello na cidade de Genova em 1884, que mais tarde passaria a fazer parte da NGI - Navigazione Generali Italiana em 1924.

Com a transportadora italiana passa a se chamar Ducchessa Di Genova e operaria suprindo a grande demanda de imigração para a América do Sul. A viagem inaugural da rota seria no dia 19 de novembro de 1887 com destino à Montevidéu.
No ano de 1901 o piroscafo passa a operar a rota com destino a Nova Iorque levando a bordo a capacidade total de 1300 passageiros. No ano seguinte faz algumas conexões esporádicas entre Itália, Caribe e o Panamá.
Com as aquisições dos novos navios; Italia, Argentina e Brasile o Duchessa di Genova, após 20 anos de muita história e vários Atlânticos percorridos, é retirado de circulação em 1905 e sucateado em Calata Gadda, área de desmanche de Genova.
Pietro Zamarian, com 49 anos de idade, juntamente com a esposa Antonia Marcos (45), o filho Giovanni (24), a nora Maria Teresa Martin (20), a filha Giuseppina (17), o futuro genro Antonio Martin (22), e os filhos Giuseppe (12) e Cirillo de apenas nove anos, deixam o porto de Genova à bordos do então Ducchessa di Genova, na costa oeste da Itália, rumo ao Brasil. Desembarcaram, no porto de Santos, em um domingo dia 23 de janeiro do ano de 1892.