É preciso fazer uma ressalva, melhor duas: a primeira em agradecimento ao nosso querido primo Pierluigi Zamarian, da belíssima Lignano Sabbia D’Oro, e a segunda para Diocese de Pordenone, especialmente através da Senhora Paola Sist, que nos agraciou com imagens legíveis dos exemplares, além de acerescentar outro importante elenco neste conjunto de documentos do Estado das Almas da Paróquia de San Giorgio.

No início, imaginava-se que essa lista pertencia à paróquia de San Giorgio que leva o mesmo nome do distrito dentro também dos limítrofes administrativos de San Michele al Tagliamento, pois a imagem inicial não divulgava o nome da origem.

E de fato, ao estar de posse de imagens mais detalhadas, percebi que não estava correto nessa dedução. Porém existe uma observação preciosa que é preciso aderir ao contexto desta história.


Sempre tivemos como base principal de pesquisa da genealogia Zamarian o distrito de Villanova della Cartera.

“Della Cartera” porque foi uma importante fábrica de papel no século XVII conforme já foi apresentado sua história aqui neste link.

O registro civil público só foi instituído na região do Veneto e Friuli Venezia Giulia a partir de 1870 aproximadamente, além daquele curto período de domínio napoleônico entre 1805 e 1815.

Antes desta época e no intervalo, a vida social era (e ainda hoje continua sendo) de uma certa forma escrita e registrada, porque não assim dizer, unicamente pelas igrejas locais, através das celebrações, formações e Sacramentos. Os fiés, cuidadosamente zelados pelo então “Estado das Almas da Paróquia”.


A igreja de San Tommaso Appostolo acima, que também já foi batizada de Beata Vergine, é testemunha de seus fiéis desde o ano de mil quinhentos e oitenta e quatro, porém, e aqui que entra o esclarecimento de tudo, era dependente da Paróquia de San Giorgio.


Deste modo sempre existiu uma ponte de relacionamento muito constante entre as duas sedes comunitárias. As listas revelam dados interessantíssimos de vários integrantes de uma mesma linha de ramificação da família, que obviamente diz respeito também ao primo Pierluigi e a linha de ancestralidade dos descendentes da região de Salta, no norte da Argentina.

Mas então as listas teriam sido produzidas na Paróquia de Villanova ao invés de San Giorgio que fica apenas quase sete quilômetros uma da outra? Absolutamente não!

Mesmo porque a linha migratória da família de Pierluigi (hoje próximo de Lignano, no litoral) revela que houve essa diáspora, assim como por exemplo, da Paróquia San Martin Vescovo de Precenicco e ali se revelou um desenvolvimento social e religioso rico e abundante no que concerne a história da família, conforme já apurado.

Esclarecimentos à parte, os documentos passam a ser integridade importante de nosso acervo, além de nos dar uma de raciocínio cronológica fundamental ao ponto de solucionar inúmeras conexões que até então eram dúbias e nos limitavam no desenvolvimento genealógico.