100% Zama

Esse trecho é uma explicação retirada site Amino à respeito da obra literária de ficção da escritora Joanne Rowling que mais tarde se transformou em uma série cinematográfica de grande sucesso com o mesmo nome Harry Potter. Apenas para fazermos uma introdução descontraída em detrimento ao nosso tema.

O que, além do sobrenome e obviamente a relação sanguínea e de parentesco já encontrada e comprovada em nossa genealogia, tem em comum a mais a se considerar as duas primas Maria Letizia e Senia Zamarian da imagem acima?

A verdade é que a irmã de Rinaldo (bisavô de Maria Letizia), Maria Zamarian, nascida em cinco de junho de 1892, se casou com o bisavô de Senia, Massimo Zamarian (nascido em 22 de junho de 1880) e da relação nasceu o avô Giovanni, e posteriormente em 1931 o pai Danilo, que emigrou para Argentina, em Zárate, em 1951, casou-se com Myriam Torres concebendo a única filha, a Senia em 1958.
Desta forma a jovem Maria Letizia, nascida em Taranto, Itália em 1991, sobrinha-bisneta de Maria Zamarian (1892) e Senia, nascida em 16 de agosto de 1958, em Zárate, Argentina, são primas por duplicidade dentro da nossa genealogia.
Uma história curiosa, mas não única já que até agora, depois de apurados os mais de quatro mil componentes em nossa genealogia, foram encontrados sete casos de união entre primos, porém nem todas com um final feliz como elucidado acima. E com as definições dos últimos meses do posicionamento no tronco definitivo, foi mais fácil chegarmos a essas situações interessantes dentro do contexto de nossa história.
Ocorre que na maioria dos casos estudados, infelizmente encontramos uma alta taxa de mortalidade. Como são casos com uma certa distância cronológica, fica difícil prever se eles tem uma consequência direta pelo fato do vínculo sanguíneo, por falta de medicina legal orientada ao assunto e convenhamos que nem sabemos se isso era possível e cabível em tal época a nível de tema forense.

Temos por exemplo o casamento de Stefano Zamarian, com Regina Zamarian; primos de terceiro grau, conforme mostram os gráficos acima e abaixo, onde Domenico e Osvaldo Zamarian, respectivos tataravôs, eram irmãos.

Da relação, efetivamente, o casal concebeu dois filhos, Giacomo, que nasceu no dia 5 de outubro de 1880 e infelizmente veio a óbito 19 dias depois e Giuseppina Zamarian, nascida em 1885, tendo sobrevivido 2 anos e três meses, sendo que a mãe, Regina, viera a óbito pouco tempo depois, no dia 7 de agosto de 1886.
Stefano que após ficar viúvo de Regina, imigrou temporariamente (ao que tudo indica) para o Brasil, em fevereiro de 1888 (conforme descobrimos nos registros que temos da Hospedaria Ilha das Flores, em São Gonçalo, Rio de Janeiro).
Retornou a Itália, pois descobrimos que se casara novamente em 1890 com Maria Barusso, e da união conceberam (ao que tudo indica, pelos registros encontrados) quatro filhos, que até então não apresentaram problemas conforme a evolução de relacionamentos registradas.

Vamos ao caso de Angelo Piticco e Domenica Zamarian então que mesmo se não possuem grafados o mesmo sobrenome são primos: Angelo é filho de Teresa Zamarian, ou seja, primos de terceira geração (vide gráfico); ela tataraneta de Zammaria e ele de Domenico Zamarian, irmãos nascidos por volta de 1740.

Do casamento, cinco filhos (sempre analisando o que conseguimos checar até agora), sendo que três deles não passaram dos dois anos, e o quarto veio a óbito com cinco, sobrevivendo apenas a Clara (conforme mostra o gráfico) que se casou inclusive em 1909 com Giovanni Piccoli, mas não conseguimos ter acesso ao histórico de filhos do casal, muito menos chegar aos descendentes do mesmo.

Deste modo, sem mais demoras, analisando esses e os demais casos diríamos que pelo menos 85% deles tiveram tais complicações. Estatisticamente um número expressivo que denota atenção e por isso então a chamada para essa matéria a título de curiosidade dentro de nossa genealogia.
Claro que a falta de evidências científicas, através de elaborados laudos e perícias médicas (repito) não atestam o que pode não passar de teorias, e também há de se considerar os graves problemas sanitários, sobretudo de surtos de cólera que a região enfrentava, principalmente nesse período entre 1800-1900, época pela qual não levianamente fora batizada como “anos fatais”.
Porém, se de fato, sempre cientificamente falando, temos que o casamento consanguíneo pode representar riscos, devido a herança de genes recessivos responsáveis por doenças raras, então todas essas análises que já temos podem fazer sentido.